
Olá! O Acre nos fascinou, mas nos queríamos viajar mais. Pensamos muito mas nenhum lugar nos veio em mente. Decidimos então consultar uma amiga, Jaqueline, que nos sugeriu o estado de Tocantins. Pesquisamos alguns pontos turísticos e o que mais nos chamou atenção foi o Parque Estadual do Jalapão, criado em 12 de janeiro de 2001 que abrange uma área de quase 150 mil hectares, sendo o maior parque estadual do estado do Tocantins. Sua vegetação é predominantemente de cerrado ralo e campo limpo com veredas.
Sem nenhuma dúvida de que este seria nosso rumo, embarcamos em mais uma viagem incrível.
O Jalapão é uma região árida pontilhada de oásis, situada a leste do estado do Tocantins, com temperatura média de 30°C, tem área total de 34 mil km², cortada por imensa teia de rios, riachos e ribeirões, todos de água límpida e transparente.
Com isso decidimos qual seria nosso primeiro rumo: Cachoeira da Velha.
Alimentada pelas águas do Rio Novo, a Cachoeira da Velha é a maior cachoeira do Jalapão e uma das suas principais atrações. Nela, as águas correm em grande quantidade, despencando por duas quedas em formato de ferradura, cada uma com mais de 20 metros de largura. Um espetáculo imponente, em que a natureza mostra sua exuberância e toda a sua força.
Depois de curtir muito a Cachoeira da Velha, percorremos uma trilha de aproximadamente uma hora até chegar à prainha, um lugar bastante agradável, com sombra e águas doces e mansas, cercado por matas de galeria. Foi nosso momento para relaxar e refletir.
“Eu, Cátia, queria muito acampar na prainha, mas a Luci, nem pensar. Insisti muito até ela concordar comigo.”
Passamos uma noite encantada! O cenário era lindo! Sem contar nas inúmeras gargalhadas qur dávamos pensando em onde estariam nossos amigos Graziela e Jovani.
Na manhã seguinte fomos conhecer a Serra do Espírito Santo. Incrível! Um verdadeiro cartão postal! Chegamos ao cume e tivemos a vista de toda região. O topo da montanha é uma grande área plana, o que se assemelha a uma mesa imensa elevados. Foi o lugar perfeito para desfrutarmos as paisagens e horizontes de Jalapão.
Depois disso descemos em direção as suas dunas de arreia dourada. Incrível! Concordamos agora quando nosso guia nos disse que Jalapão é um dos lugares mais bonitos do mundo..
Muito cansadas, voltamos a Pousada do Jalapão e descansamos um pouco. O dia seguinte nos reservava grandes aventuras...
Na manha seguinte reservamos um tempo para conhecer o povoado tradicional, o Mumbuca, distante 35 quilômetros da cidade de Mateiros. Foi nesse lugar, formado por uma maioria de descendentes de escravos, que surgiu o tão popular artesanato em capim dourado.
Nos surpreendemos com as mãos habilidosas das mulheres do Mumbuca trabalhando o capim dourado, produzindo peças artesanais que seriam distribuídas por todo o Brasil e em diversos países.
A população do Mumbuca não chega a 200 moradores. Lá, homens e mulheres dividem funções bem definidas. Os homens plantam para o consumo da família, enquanto as mulheres colhem a produção e preparam farinha, além, claro, de atuarem como artesãs.
Fascinadas com o capim dourado, resolvemos pesquisar mais sobre ele e descobrimos que só brota nas veredas do Jalapão e é utilizando sua haste fina e de intenso brilho metálico que as mulheres do lugar, com mãos habilidosas, transformam o capim em uma diversidade de peças artesanais: bolsas, brincos, pulseiras, chapéus, mandalas, cestas e diversos objetos de decoração. Peças de beleza única, que ultrapassaram os limites do Tocantins, conquistando mercado em todos os estados brasileiros e também no exterior.
A arte de trabalhar com o capim dourado foi ensinada às mulheres do local por Dona Miúda, uma matriarca do povoado de Mumbuca. Antes, a técnica foi passada pelos índios que habitavam a região à avó de Dona Miúda e depois à sua mãe.
Hoje, as técnicas do artesanato em capim dourado continuam sendo ensinadas, de geração a geração, no povoado de Mumbuca e também nas cidades de Mateiros, Ponte Alta, Novo Acordo, Santa Tereza, Lagoa do Tocantins e no Prata, um vilarejo do município de São Felix do Jalapão.
Depois de conhecer o fantástico capim dourado, fomos em direção ao Fervedouro.
Parece um oásis!! Está em meio à vegetação fechada, entre brejos e riachos. Um lugar de rara beleza, cercado por bananeiras. Ao seu centro está um grande poço de água azul transparente - na verdade, a nascente de um rio subterrâneo. A água que brota das areias claras cria o fenômeno da ressurgência, que tornam impossível até o banhista mais persistente afundar. Nos divertirmos muito!!! No Fervedouro nos sentimos leves, mas esse sonho acabou e a realidade nos trazia a noite, sinal da volta para a pousada.
Descobrimos o rafting nas corredeiras do Rio Novo.
“Insisti muito pra que a Luci viesse comigo, mas desta vez não adiantou. Ela preferiu ficar olhando.”
“Acontece que não precisa ser experiente nem mesmo saber nadar para encarar as águas ora turbulentas, ora tranqüilas. Bastava estar munido dos acessórios de segurança adequados, oferecidos pela agência de turismo.
Então essa era minha chance! Escolhi a opção mais rápida, passeio que dura três horas de descida (seis quilômetros).”
“Incrível!!! Queria ir de novo mas estava na hora de mudar o rumo da viagem.”
Passamos na pousada preparamos nossas coisas e partimos rumo a ...
algum lugar que decidiríamos pelo caminho...
abraços...
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